<![CDATA[Blog MeSeems]]>http://homolog.meseems.com.br/blog/http://homolog.meseems.com.br/blog/favicon.pngBlog MeSeemshttp://homolog.meseems.com.br/blog/Ghost 2.30Thu, 31 Oct 2019 19:13:07 GMT60<![CDATA[As festas irmãs do Halloween pelo mundo!]]>http://homolog.meseems.com.br/blog/as-festas-irmas-do-halloween-ao-redor-do-mundo/5dbaee5445379e12a45ef508Thu, 31 Oct 2019 17:14:07 GMT

O Halloween é uma das festas mais tradicionais nos EUA, sendo comparável ao carnaval no Brasil.

Mas muitos não sabem que a festa é herança da população irlandesa, que migrou para os EUA no século 19 e implantou suas tradições por lá, ao longo dos anos houveram algumas mudanças e novas práticas e símbolos também foram adicionados ao Halloween.

A tradição moderna de "doces ou travessuras" é americana, mas há indícios dela em brincadeiras medievais em que usavam repolhos e outros alimentos, já as “travessuras” virou um hábito entre os americanos a partir dos anos 1920.

Mas a tradição mais popular do Halloween, de usar fantasias e pregar sustos, não tem qualquer relação com os doces.

Ela apareceu após a transmissão via rádio de uma adaptação do livro Guerra dos Mundos, do escritor inglês H.G. Wells, que gerou confusão na população quando foi ao ar, em 30 de outubro de 1938.

Ao concluí-la, o ator americano Orson Wells deixou de lado seu personagem para dizer aos ouvintes que tudo não passava de uma pegadinha de Halloween e comparou seu papel ao ato de se vestir com um lençol para imitar um fantasma e dar um susto nas pessoas.

Mais ou menos no mesmo período em que o Halloween acontece, existem outras festas espalhadas pelo mundo com propósitos parecidos com o dele, mas que são cheias de significados diferentes!

Vamos ver algumas delas?

Era uma vez...Na Irlanda!

As festas irmãs do Halloween pelo mundo!

Você sabia que a Irlanda é a terra natal do Halloween?
A festa surgiu por lá há mais de 2 mil anos, com o povo celta, e tinha o propósito de celebrar o fim do verão, as colheitas e o início de um novo ano.

Por ser um período de transição, os celtas acreditavam que nessa data acontecia um tipo de encontro entre o mundo dos vivos com o mundo dos mortos, então, para receber as almas que retornavam para visitar seus antigos lares e guiar seus familiares, havia uma festa para homenageá-las, o Samhain.

Durante a festa, eles se fantasiavam com peles e cabeças de animais, previam o futuro uns dos outros para o novo ano que chegava.

Como os espíritos voltavam para o nosso mundo, acreditava-se que eles levavam algumas coisas com eles depois do festival, como comida, bebidas e, às vezes, algumas crianças. Para evitar que os fantasmas levassem coisas sem permissão, as pessoas acendiam fogueiras, se fantasiavam para confundir os espíritos sobre quem estava vivo ou morto, faziam muito barulho (eu ouvi festa? Sim!) e colocavam comida e velas acesas dentro de nabos esculpidos com caretas em frente de casa.

Falando em nabos, lembra das abóboras de Halloween? Essa prática se originou desse costume irlandês e da lenda de Jack Lanterna!

Jack era um beberrão que, enganando o diabo, conseguiu escapar do inferno. Ao morrer, Jack não foi aceito no céu, de modo que sua alma passou a vaguear pelas noites usando uma lanterna feita com um nabo, para iluminar o caminho.

Após a imigração de quase 1 milhão de irlandeses para os EUA, o costume precisou ser adaptado para outro vegetal que fosse mais abundante do que o nabo, a abóbora!

Vejo enfim a luz brilhar....

As festas irmãs do Halloween pelo mundo!

Na China, é um pouco diferente.

Os chineses contam com uma série de festas que celebram a vida e a morte, e cada uma tem um significado especial.

Uma delas, é o festival Teng Chieh - no ocidente, conhecido como o festival das lanternas - em que as famílias chinesas celebram suas vidas e a de seus entes queridos que já se foram.

Além de oferecerem água e comida na frente de retratos de seus parentes, os chineses também acendem lanternas de luz, soltam barquinhos de papel e acendem lanternas de luz para guiar os espíritos de volta para seu mundo.

Outra comemoração bastante tradicional dessa época, é o Festival dos Fantasmas Famintos.

Não se sabe ao certo sua origem, mas uma das teorias diz que ele surgiu da religião budista, onde Mulian, discípulo de Buda, fazia uma cerimônia neste dia para acalmar o espírito da mãe dele, que havia ressuscitado no período dos fantasmas famintos. Outra teoria sugere que a festividade teve origem no taoísmo, celebrando o aniversário do Lorde Qingxu, uma das divindades da religião.

No 15º dia do sétimo mês do calendário lunar - por volta de Agosto, no ocidente -ocorre uma queima de incenso e dinheiro falso, banquetes, e shows para…. Os fantasmas!

O propósito das oferendas e entretenimentos é amenizar a dor desses famintos que vivem entre os dois mundos. Os chineses também aproveitam esse momento para ensinar aos jovens a necessidade de ajudar os menos afortunados.

Todos se remexem muito em Madagascar!

Existente desde o século XVII, o Famadihana é uma festa celebrada mais ou menos a cada 7 anos e, segundo especialistas da cultura local, tem o objetivo de compreender a finitude humana e saber lidar com o luto.

A parte especial é que as famílias exumam os corpos de seus entes queridos, e os enrolam em tecidos perfumados para que seus parentes possam dançar e tirar fotos com eles.

No final, os corpos são enterrados novamente com dinheiro, bebidas e fotografias. E ficam sepultados por pelo menos mais sete anos.

Segundo a crença malgaxe, a menos que os corpos se decomponham completamente, os mortos não nos deixam permanentemente e conseguem se comunicar com os vivos.

A ideia de ter os parentes falecidos por perto é uma nova oportunidade da família se lembrar do quanto amam uns aos outros.

Atualmente o Famadihana é uma festa muito cara, pois envolve grandes preparações de refeições luxuosas e roupas novas para todos. A população mais pobre deve economizar durante vários anos para ser capaz de construir um túmulo, e em seguida, realizar um festival para os seus próprios ancestrais mortos. É considerada uma violação grave se a família não preparar uma famadihana quando são capazes de pagar por ela.

Ninguém se Kahla no Dia de Los Muertos!

As festas irmãs do Halloween pelo mundo!

Comemorado há pelo menos 3 mil anos, o Dia de Los Muertos é um dos festivais mais populares do mundo, sendo considerado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2003.

O Dia de Los Muertos nasceu do costume dos povos mesoamericanos de conservar crânios como troféus e exibí-los em rituais que celebravam a morte e o renascimento. Essas festas eram presididas pela deusa Mictecacíhuatl, a Dama da Morte, que mais tarde, inspirou o artista José Guadalupe Posada a criar La Catrina, a famosa caveira mexicana.

E mais, ele não dura apenas um dia, e pode chegar até a 1 semana de comemoração!

As festas começam por volta do meio dia e vão até bem tarde, tomando o México com muita música, caveiras e altares pelas ruas, igrejas e principalmente, os cemitérios. As pessoas costumam se fantasiar como esqueletos para que os espíritos se sintam mais confortáveis em nosso mundo.

Para os mexicanos, a morte é apenas uma parte do ciclo da vida e, nesta data, a terra é visitada por todos que já se foram, então, as famílias fazem homenagens aos seus entes queridos montando altares com fotos de seus familiares já falecidos, suas comidas favoritas, água, velas, caveirinhas de açúcar e muitas frutas. Algumas famílias costumam até deixar os portões de suas casas abertos para expor seus altares!

Mas...E o Brasil?

No Brasil, a comemoração desta data é bem recente e chegou aqui através da grande influência estadunidense vinda de filmes e programas de televisão.

Porém, muitos brasileiros defendem que a data não tem a ver com nossa cultura e argumentam que o Brasil tem um folclore riquíssimo, que deveria ser mais valorizado. Para contornar essa situação, foi criado pelo governo, em 2005, o Dia do Saci que também é comemorado no dia 31 de Outubro.

As festas irmãs do Halloween pelo mundo!

E você, gostou de como outras culturas lidam com o luto? Você acha que o Halloween deveria ser inserido no Brasil ou que deveríamos criar algo que tenha origem em nosso folclore? Conta lá no MeSeems o que você acha sobre isso!

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<![CDATA[Toda masculinidade é tóxica? - #DesafioMasculinidade]]>http://homolog.meseems.com.br/blog/toda-masculinidade-e-toxica/5d9f691573206924d019db5eThu, 10 Oct 2019 19:44:11 GMT

Não faz muito tempo que o grupo de Masculinidade foi criado no MeSeems.

Minutos depois de sua inauguração, várias pessoas já começaram a expressar suas opiniões sobre o tema relacionando-o a outros assuntos, conforme foi proposto no #DesafioMasculinidade e foi maravilhoso!

Felizmente foram feitos CENTENAS de posts, e seria impossível alguém dar conta de ler todos eles pra saber o que a galera discutiu.

Bom, eu precisei dar conta disso (rsrsrs) e montei esse BELÍSSIMO resumão com os posts que tiveram mais discussões e foram destaque na comunidade durante o Desafio! Através deles, vamos entender melhor como é a masculinidade de fato, o que ela abrange, o que tem a ver com machismo, família e muito mais!

Toda masculinidade é tóxica? - #DesafioMasculinidade

Vamos botar os pingos nos I’s...

A masculinidade é um conjunto de características físicas e psicológicas, que são construídas socialmente de acordo com fatores biológicos referentes ao sexo masculino. Algumas características comumente associadas à masculinidade são coragem, independência e assertividade.

Ok, a primeira vista, não parece ser nada de mais, certo? E nem deveria ser, mas o que ocorre é que quando a Masculinidade passa a ser muito estereotipada, estreita e repressiva, ela passa a prejudicar os próprios homens e as pessoas ao seu redor, e assim nasce a Masculinidade Tóxica.

Os dados do Dicionário Oxford mostram que houve um aumento de 45% no número de vezes que a palavra “tóxico” associada a “masculino” foram pesquisadas no site oxforddictionaries.com. Isso fez com que o termo “Masculinidade Tóxica” se tornasse a expressão do ano de 2018.

A sociedade reforça a Masculinidade Tóxica ditando comportamentos que um homem precisa ter, caso contrário, ele não é um homem de verdade.

Dentre os efeitos que masculinidade tóxica gera nos homens e na sociedade, estão a supressão de sentimentos, encorajamento da violência, falta de incentivo em procurar ajuda, perpetuação da cultura do estupro, homofobia, misoginia, racismo e machismo.

Resumindo bastante, os comportamentos vão desde propagar frases como “Homem não chora” até a estimular comportamentos agressivos, para impor a imagem de valente em meio aos demais.


Você é um homem ou um saco de batatas?

Nesse contexto, os homens deixam de fazer coisas que gostariam de fazer pois caso fizessem, outras pessoas também influenciadas pela masculinidade tóxica o julgariam.

Nesse post aqui, o Roberts perguntou ao pessoal quais coisas já haviam deixado de fazer por não desejarem ter a masculinidade julgada por outras pessoas.

"Qual foi (ou ainda é) o seu maior receio perante a sociedade no que se refere a masculinidade? Sendo mais claro: Que coisas/atitudes você já fez ou deixou de fazer por ter tido a masculinidade julgada pelos outros?" - Roberts Souza

O Emanuel já foi julgado por tratar bem a namorada e ser romântico. O Washington é questionado por preferir mulheres mais velhas. O Gustavo foi julgado por se emocionar em filmes. E por aí vai.

Estes relatos nos fizeram pensar no motivo de tanta pressão nos homens para guardar seus sentimentos, sabemos que não faz bem deixar de demonstrar o que sente em qualquer situação que seja.

Mas de onde será que veio esse pensamento de que demonstrar sentimentos é uma fraqueza? Essa é a pergunta de 1 milhão de dólares.

"Sou pai de um casal, a menina tem 3 anos e o menino 4 anos. Procuro ajudar ao máximo minha mulher. Porém toda vez que comento algo para os meus amigos, eles começam a zoar comigo. Falam que é somente obrigação da minha esposa. Eu discordo, mas ouço muitas críticas. O que vocês pensam a respeito? Eu ajudo ou faço mais que minha obrigação?" - Gleisson Ferreira

Toda masculinidade é tóxica? - #DesafioMasculinidade
Confira e dê a sua opinião na postagem original no MeSeems! 

O caso do Gleisson não é o único. Nos comentários da postagem, a maioria esmagadora das pessoas acham que o Gleisson está certo em cuidar dos filhos junto com a esposa, e isso é ótimo. (<3)

Porém, segundo a pesquisa “Atitudes globais em relação a igualdade de gênero” da Ipsos com o King’s College de Londres, cerca de um quarto da população pensa que homens que ficam em casa para cuidar dos filhos são emasculados, que significa desvirilizado, fraco e até afeminado.

E adivinha? Isso não é culpa da Masculinidade. É do Machismo.

É coisa de homem, mulher não pode

“Ah, mas qual é a diferença entre machismo e masculinidade tóxica?”

Bom, lá no começo nós vimos que a masculinidade tóxica desencadeia uma série de comportamentos extremos, e o machismo é um deles.

Basicamente, o conceito de machismo é a supervalorização de características masculinas associadas ao detrimento de características femininas.

A Ana Carla lembrou do hit da Beyoncé e trouxe uma reflexão para o Desafio!
A música “If I were a boy” demonstra como a sociedade enxerga o comportamento masculino e os consideram aceitáveis, mesmo quando fora dos padrões de ética e moral.

No clipe, a Beyoncé adota esse comportamento masculino e faz com que quem está assistindo tenha uma sensação de estranheza e a desaprove.

O fato é: encaramos com naturalidade as mesmas cenas sendo reproduzidas por um homem, e mulheres são julgadas e mal vistas por essas atitudes apenas pelo fato de serem mulheres. O clipe é uma ilustração clara do machismo, focada principalmente em relacionamentos.

Homem não chora

Homens se suicidam 4x mais do que mulheres. Homens morrem 10x mais que mulheres por conta da violência. Homens são os que mais matam mulheres. A taxa de feminicídio do Brasil é a 5ª maior do mundo.

Lembra que mostrar coragem é característica da Masculinidade, mas que quando fora de controle, os efeitos são desastrosos? Então…

O cenário não é bom e vemos que os homens não são os únicos atingidos pela violência em que foram condicionados a viver pela sociedade.

Os novos homens

Nos últimos tempos, vem surgindo a necessidade de “reformular” o conceito de masculinidade, para que o homem possa ter espaço para se expressar e assim cuidar de sua saúde mental.

O objetivo da nova masculinidade é romper estereótipos de gênero, fortalecer a igualdade entre homens e mulheres, propor mais atenção para a forma como meninos são criados e a que tipos de comportamentos são expostos e estimulados, entre diversas outras coisas.

Tivemos algumas ideias sobre como começar a estimular os meninos a desconstruir o antigo conceito de masculinidade, e tivemos vários posts citando que a família e a educação escolar seriam essenciais no assunto.

Como vocês acham que a masculinidade é tratada nas escolas? Vocês acham que a masculinidade é um tema que deve ser tratado nas escolas e explicado para os alunos?


Qual você acha que seria o melhor caminho para começarmos a construir uma nova masculinidade? Conta pra gente lá no grupo Masculinidade do MeSeems!

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<![CDATA[Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!]]>http://homolog.meseems.com.br/blog/ai-meu-deus-eu-vou-sofrer-sozinho-so-que-nao/5d7a8212e4e230199806e605Thu, 12 Sep 2019 17:39:55 GMT

Depois de todos os nossos posts sobre Saúde Mental, você pode estar se sentindo repleto de informações e sem saber lidar com tudo isso. Mas calma, você não vai sofrer sozinho (e nem morrer sozinho, como diria Jão). Como você já sabe um pouco mais sobre o que é Saúde Mental, como a mídia pode contribuir negativamente para ela, se as redes sociais são mesmo nossas maiores vilãs, agora, para finalizar, vamos te mostrar onde você pode encontrar mais sobre o assunto, se inteirar cada vez mais sobre ele e, claro, ver que não está só neste mundão tendo que lidar com sua saúde mental. Amém!

Why so serious?

Antes de falar de conteúdos e exemplos legais, precisamos falar de coisa séria. Caso você sinta que precisa de algum tipo de ajuda ou se já tem o diagnóstico de algum transtorno mas ainda não encontrou o tratamento para cuidar de sua saúde, deixamos aqui algumas dicas que podem ajudar você ou pessoas próximas.

CVV - O Centro de Valorização da Vida atua através de voluntariado, oferecendo apoio emocional e de prevenção ao suicídio. Foi fundado em São Paulo em 1962 e é reconhecido como serviço de utilidade pública pelo Ministério da Saúde. Para entrar em contato com um atendente do CVV é só discar gratuitamente 188 (atendimento 24 horas, todos os dias) ou 141 (para Bahia, Maranhão, Pará e Paraná), mandar uma mensagem pelo chat ou um email. Mesmo que você não tenha certeza se precisa de algum tipo de ajuda, os atendentes estarão dispostos a conversar e ajudar como puderem.

No entanto, o CVV pode ajudar mais esporadicamente, do que realmente tratar algum problema mais grave. Para isso, é preciso entender se realmente existem sintomas de um transtorno mental para que este seja detectado e realizado o tratamento adequado. Também existe o teste “Do You Need Therapy?” (da tradução "Você precisa de terapia?") criado pelo doutor Robert Epstein, psicólogo pesquisador, onde é possível descobrir se a pessoa testada se beneficiaria de uma consulta com um psicólogo, psiquiatra, terapeuta ou qualquer outro profissional que cuide de questões de saúde mental.

Amigo, estou aqui!

Lembramos que a procura por um diagnóstico e tratamentos são indispensáveis e não basta só desabafar com um amigo próximo ou acompanhar as séries, filmes ou baixar os apps que vamos indicar abaixo. Bem-estar mental é coisa séria e com a saúde não se brinca!

Agora que estamos de acordo, que tal reservar um lugar no sofá, pegar a pipoca e se preparar para ver alguns filmes e séries que abordam o tema?

As vantagens de ser invisível

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Charlie é um garoto introvertido que escreve cartas à um amigo imaginário, já que não possui amigos de verdade. Prestes a entrar no colegial, ele sonha em fazer novas amizades, mas as coisas não acontecem bem assim. Até que ele é adotado por um grupo de 5 amigos, com quem passa a se abrir e a ser ele mesmo, experimentando novas alegrias e aventuras. No entanto, logo se vê obrigado a se distanciar de suas novas amizades, fazendo com que ele entre em surto. Quando se vê atingido por traumas de sua infância, ele passa a tomar consciência deles assim como a aprender a lidar com eles, conseguindo seguir em frente com sua vida.

O lado bom da vida

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

O filme se inicia com  a saída de Pat de uma instituição para tratamento de doenças mentais. Ele foi diagnosticado com transtorno bipolar e, em diversas situações, assume um lado mais agressivo, além de ser inseguro e ter pensamentos delirantes. Quando retorna à sua casa, volta a conviver com seu pai que sofre de transtorno obsessivo compulsivo. Até que encontra Tiffany, sua vizinha viúva que sofre com depressão e, desde que se conhecem é possível perceber uma atração mútua entre os dois. O resto? Só assistindo para saber!

Um estranho no ninho

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Clássico do cinema, a trama se desenrola ao redor de Randle, acusado de estupro de uma menor de idade, é enviado à cadeia, mas passa a “se portar como louco” e é transferido para um hospício, onde acredita que viverá uma vida mais tranquila. No entanto, com o passar do tempo nessa instituição, ele começa a perceber que o local não é tão inofensivo quanto tinha imaginado. O filme divide opiniões, há quem acredite que ele foi um marco para a revisão do tratamento de pessoas com doenças mentais neste tipo de instituição nos Estados Unidos, assim como quem crê que o filme criou um estigma negativo ao redor desse tipo de local e tratamento. E aí, qual a sua opinião?

Uma página de loucura

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Este filme mudo japonês conta a história de um homem que passa a trabalhar em um manicômio na esperança de libertar sua esposa, que está lá internada após uma tentativa de suicídio, depois de afogar seu próprio filho. Diferente das críticas e ressalvas que se tem com a obra de Um estranho no ninho, a obra é mais poética e também surreal, mostrando imagens que representam a visão dos doentes ali internados.

Nise - O coração da loucura

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Inspirado na história real de Nise da Silveira, médica psiquiatra brasileira, o filme mostra sua história ao trabalhar em um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro. Com uma crença em um tratamento mais humanizado, ela se recusa a empregar técnicas invasivas tais como o eletrochoque e a lobotomia. Mesmo quando isolada pelos demais médicos, ela proporciona uma revolução na terapia ocupacional, tratando seus paciente com amor, arte e um pouco de loucura. Vale à pena ver esse filme lindo e, além de tudo, brasileiríssimo.

Bojack Horseman

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

A série do Netflix conta a história de Bojack, um meio cavalo meio humano, que fez uma série de sucesso nos anos 90, mas agora tem sua carreira estacionada, estando sempre embriagado, cometendo erros e preso ao sucesso de seu passado. Com o passar da história, Bojack e os demais personagens secundários vão revelando mais de seus lados emocionais e psicológicos, muitas vezes revisitando momentos sombrios, tristes e traumáticos. Cada temporada revela novas faces e explicações para o comportamento de Bojack e passamos a conhecer e entender melhor os motivos para ele ser como é.

Jessica Jones

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Você tem aquela ideia de que toda heroína ou herói são praticamente inatingíveis (física e emocionalmente) e são um exemplo de moralidade à ser seguida? Bem, pois não é exatamente assim, muito menos no seriado Jessica Jones, super heroína da Marvel. Desde o começo é possível perceber que Jessica é alcoólatra, fato que a princípio pode ser associado apenas ao seu estilo mais “descolado e despreocupado”. Com o decorrer da série, percebemos que este hábito está associado ao estresse pós-traumático que se desenvolveu nela após ser controlada por Killgrave e sofrer abusos físicos e psicológicos.

Please, like me

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

A série australiana mostra o dia a dia de Josh, que se assume homossexual logo no início e tem que lidar com os problemas da vida, de familiares e amigos. Sua mãe, Rose, é diagnosticada com depressão e tenta cometer suicídio, sendo Josh a pessoa a encontrá-la em no chão após ingerir vários comprimidos. Outros personagens com algum tipo de transtorno mental também surgem na série, assim como Arnold que tem transtorno de ansiedade e Hannah, uma mulher lésbica com depressão. De maneira bastante próxima à realidade, temos a experiência de fazer parte de situações e momentos da vida de Josh, com pitadas de alegria, humor, através de cenas emocionantes, que muitas vezes nos deixam à beira das lágrimas.

United States of Tara

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Com Tara, a protagonista que sofre com transtorno dissociativo de identidade, podemos ver como esse transtorno afeta seus relacionamentos, seja com sua família, no trabalho e em vários momentos de sua rotina. Cada uma de suas personalidades se mostram drasticamente diferentes uma das outras e vão se alterando com transições leves e até intensas. A primeira temporada da série mostra justamente isso, Tara e sua família trabalhando juntos para aprender como lidar com o problema, assim como sua busca pessoal pelo que deu origem ao seu transtorno.

Para aproveitar o gancho, deixamos aqui a entrevista com Maisie Williams, estrela da série Game of Thrones, contando o por quê da representação positiva de saúde mental em séries de TV ser tão importante para pessoas com transtornos mentais.

Para bom leitor, um capítulo só NÃO basta!

Podemos deixar passar batido às vezes, mas a literatura está cheia de personagens que têm algum transtorno mental ou não estão lá com suas saúdes mentais em dia. Quer ver só? Um bom exemplo disso é o clássico brasileiro Dom Casmurro. Na obra de Machado de Assis, Bentinho, o protagonista apaixonado por Capitu, sofre de um ciúme doentio pela amada, ciúme que tem base em suas inseguranças, paranoias, imaturidade e falta de controle sobre as decisões de sua vida. Como seria o final do livro se Bentinho fizesse terapia? Sem dúvida, bem mais feliz, meu caro leitor.

O Menino que Desenhava Monstros

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Jack é um garoto que não sai de casa e é portador de síndrome de Asperger, que dificulta sua interação social comunicativa, também fazendo com que ele desenvolva interesses obsessivos por determinados assuntos. Ele acredita que existem monstros embaixo da sua cama e escondidos em cada canto. Seus pais, que num primeiro momento são céticos em relação à crença do menino em monstros, num segundo momento passam também a serem perturbados por eles, e daí então procuram ajuda. O livro tem um começo lento, mas aos poucos vai ganhando cada vez mais a nossa atenção, sendo quase impossível desgrudar dele até seu final surpreendente.

O demônio do meio dia: Uma anatomia sobre a Depressão

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Escrito pelo jornalista Andrew Solomon, ele relata sua própria experiência com a doença, assim como suas pesquisas sobre o tema. Ganhador do prêmio National Book Award e finalista do Pulitzer, ele aborda mitos, depoimentos de diversas pessoas, tratamento e memórias da depressão que vivenciou. Real, verdadeira e atual, a obra nos impacta com a experiência não fictícia do dia a dia de alguém, nos levando a dar de cara com um dos temas mais duros e complexos de nossa sociedade.

O Alienista

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Obra de Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, o livro conta a história de um médico que regressa à sua cidade natal, Itaguaí, onde passa a se dedicar ao estudo da psiquiatria e decide inaugurar um manicômio para tratar os loucos da cidade e região. No entanto, ele passa a enxergar traços de loucura em todas as pessoas e começa a interná-las, para somente depois reconsiderar seus critérios de determinação da loucura. E a reflexão que fica é: O que é ser louco?

Mrs. Dalloway

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Nesta que é uma das obras mais famosas da escritora inglesa Virginia Woolf, temos personagens em meio à crises que testam seus psicológicos. Clarissa, dona de casa pertencente à alta classe de Londres se sente ansiosa ao receber a presença de amigos em sua festa, amigos esses que avaliarão escolhas que ela realizou há anos atrás. Ainda na trama temos o personagem de Septimus, que sofre de stress pós-traumático e alucinações, heranças de sua participação na 1º Primeira Guerra Mundial e que também endereça diversas críticas aos tratamentos de doenças mentais disponíveis na época.

Arco de virar réu

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Escrito em primeira pessoa, a obra segue uma narrativa não-linear e mostra a constatação do narrador da esquizofrenia que seu próprio irmão sofria na adolescência. Historiador social, o narrador também tem enorme fascinação por rituais indígenas da tribo dos Tupinambás. Ao longo da história, ele próprio percebe sua deterioração física mental, fazendo com que questione sua própria sanidade.

Meu app, minha vida

E já que passamos tanto tempo ligados em nossos celulares, olhando as redes sociais, jogando jogos, respondendo mensagens, porque não usar essa ferramenta para ajudar na conquista de uma saúde mental equilibrada? Se isso é possível? Claro! Trouxemos abaixo algumas dicas valiosíssimas de apps que podem te ajudar com crises de ansiedade, depressão, insônia e até a se conhecer melhor.

Cíngulo

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Este app totalmente em português promete ser uma terapia guiada para ajudar com ansiedade, autoestima, estresse  e ânimo. Ele possui testes periódicos para avaliar seu estado emocional e sua evolução, sessões diárias de autoconhecimento, controle imediato de emoções negativas e crises, além de um diário para registro dos seus bons e maus momentos, para que consiga avaliar melhor os seus dias. Claro que o app não substitui tratamentos e consultas com médicos especializados no assunto, mas ele pode ajudar no dia a dia, contribuindo para uma melhor saúde mental através da auto descoberta.

Rootd

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Fundado por mulheres, esse app ajuda a aliviar imediatamente crises de pânico e de ansiedade, através de lições, ferramentas e exercícios. O app disponibiliza a função Root, onde você pode ativar um dos dois botões: Um para quando você está pronto para confrontar o ataque de pânico, e outro para quando você deseja apenas o alívio imediato, da forma mais rápida possível. Além disso, ele possui lições de compreensão sobre a ansiedade, sua origem, como nosso corpo reage à ela e porque ela pode estar nos afetando; contato de emergência e página de estatísticas pessoais. Tudo isso dentro de um app com um design clean e amigável. Quem diria que a tecnologia poderia ser uma mão na roda para nossa saúde mental?

ADDS

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Este é um app mais simples, que tem como principal função diagnosticar a depressão e a definição de risco de suicídio. Ele funciona como um teste de perguntas e respostas e, ao fim, dá um diagnóstico à partir de suas respostas. Ele é um auxiliar para determinação de risco de depressão, mas de maneira alguma substitui o julgamento clínico.

Cogni

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

O maior objetivo deste aplicativo é que você se conheça melhor, entendendo alguns padrões de seu próprio comportamento para que possa melhorar seu dia a dia e se sentir bem. Ele é basicamente um diário bastante detalhado, onde você anota sempre que tiver uma emoção marcante, seja ela positiva ou negativa, assim como a situação que o fez sentir essa emoção. Para quem já consulta um terapeuta ou psicólogo, o app pode contribuir para trabalhar melhor os padrões anotados para serem discutidos em uma sessão do tratamento.

Zen

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!

Este app brasileiro criado pela blogueira, youtuber e escritora Juliana Goes, é muito completo, com conteúdo para quem sofre de insônia, ansiedade, raiva, ou que está em busca de uma melhor noite de sono. Tudo isso através de meditações guiadas, sons, vídeos, músicas, ASMR, mantras, reflexões e monitoramento do humor. Além disso, foi eleito em um dos “10 melhores Apps de 2016” pela App Store! Quer mais ou tá pouco?


E a discussão desse tema não para por aqui

Ainda há muito a ser debatido, compartilhado e aprendido sobre saúde mental. Acreditamos que esse é um assunto que só vai ganhar mais e mais espaço, assim como campanhas e tratamentos para sua promoção na população, além da conscientização sobre a importância de se estabelecer hábitos saudáveis para a mente.

Essa conversa começou para nós dentro do MeSeems, com o Desafio de Saúde Mental, que rendeu postagens profundas sobre o tema, assim como uma interação bastante reflexiva dos nossos Mees, como chamamos nossos usuários. Ainda que o desafio tenha acabado,  agora há uma porta aberta no MeSeems para se falar sobre esse e outros temas que podem ser vistos como "tabu". Nós não acreditamos que existam temas que não possam ser discutidos. Questionar, perguntar, opinar, sempre com muito respeito, é o que nos move sempre.

E deixamos aqui um post que foi feito durante o desafio e que tem tudo à ver com o que discutimos por aqui. E aí, será que o casamento da tecnologia com terapia dá certo?

Ai meu deus, eu vou sofrer sozinho... Só que não!
Postagem da Ana durante o Desafio Saúde Mental. Participe dessa discussão!

Comece discussões, deixe sua opinião, conte suas experiências e dê ideias dentro do MeSeems. Sua opinião conta.

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<![CDATA[Redes Sociais: As vilãs da Saúde Mental?]]>http://homolog.meseems.com.br/blog/redes-sociais-vilas-da-saude-mental/5d796289e4e230199806e3d1Thu, 12 Sep 2019 14:00:00 GMT

Quem nunca ouviu um ‘’Você não faz nada além de ficar nesse 'zap'? Que vício!” daquele familiar mais velho e pensou que era exagero?

Redes Sociais: As vilãs da Saúde Mental?

Bom, eles estão um pouco certos de ficarem preocupados. Mas calma...

Temos a necessidade de nos sentirmos conectados com outras pessoas, o ser humano é social, e tá tudo bem. Mas antes de relacionar essa fixação com as redes sociais com saúde mental, vamos entender uma coisa: depressão e a ansiedade dependem de fatores prévios mais complexos para se desenvolverem, como uma família desestruturada, traumas, baixa autoestima e bullying, por exemplo. Mas sim, as redes sociais são gatilhos fortes para despertar algum desses transtornos em quem já se encontra dentro de alguma dessas condições.

A pesquisa da Royal Society for Public Health, do Reino Unido em parceria com o Movimento Saúde Jovem, revelou que 90% das pessoas entre 14 e 24 anos usam redes sociais, e a ansiedade e depressão desse público aumentou em 70% nos últimos 25 anos.

Os participantes dessa pesquisa também ranquearam o quanto as redes sociais influenciavam em seus sentimentos de ansiedade, pertencimento de comunidade, bem-estar e solidão. O Instagram foi identificado como a rede mais nociva, interferindo no sono, despertando o medo de perder alguma novidade e causando impactos negativos na autoimagem dos usuários. A rede menos nociva foi o Youtube, em seguida o Twitter, Facebook e Snapchat.

Intenso, mas é claro que deixar de usar as redes de uma vez por todas é extremamente difícil, então, o que podemos fazer para identificar se o uso está nos fazendo mal? Como usá-las de uma forma que não nos prejudique?

Como saber se estou fazendo mau uso das redes?

Você já deixou de sair com os seus amigos porque queria ficar em casa, sem fazer nada, só vendo memes no Twitter e no Facebook? Bom, nem sempre estamos dispostos a sair e ver pessoas, e tá tudo bem. Mas quando esse hábito se torna muito frequente, precisamos parar e pensar de onde está vindo essa indisposição.

Uma forma de começar a testar se essa indisposição é mesmo culpa das redes sociais, é criar a noção do que realmente é importante consumir nas redes, quais mensagens realmente merecem nossa atenção em determinados momentos e qual conteúdo agrega algo positivo para nós. Será que é necessário responder imediatamente quando alguém manda uma figurinha no grupo de amigos enquanto você estuda/trabalha? Nunca é. Preciso mesmo ler um textão sobre uma opinião política que não me agrada, ir discutir e no fim, acabar estressado? Não.

Se depois de criar esse hábito de apenas questionar o que vê e quando vê, você perceber que está mais disposto e com um desempenho melhor em suas atividades, já tem a sua resposta: o uso das redes sem controle estava te fazendo mal.

Uma forma de filtrar melhor o que absorvemos, é fazer uma “faxina” periodicamente nas páginas e pessoas que você segue, eliminando conteúdos que possam te estressar ou te incomodar e trocando por algo que te faça ficar mais tranquilo.

Discutimos no MeSeems se desativar as Redes Sociais é o caminho para ter uma boa Saúde Mental, clica aqui pra dar sua opinião!

Sua vida não tem que ser um livro aberto

Redes Sociais: As vilãs da Saúde Mental?

Uma outra prática que pode ajudar bastante é evitar de expor sua vida pessoal. Na internet estamos cercados de pessoas que não nos conhece de verdade, mas isso não as impede de criarem julgamentos sem uma base sólida sobre nós, é aí que entra o perigo.

Um triste exemplo a respeito disso, é o caso da influencer Alinne Araújo, que após ter um vídeo viralizado dizendo que iria se casar consigo mesma após seu noivo abandoná-la um dia antes do casamento, recebeu uma chuva de julgamentos e críticas, que a levaram ao suicídio.

Alinne foi diagnosticada com depressão e ansiedade quando ainda era adolescente e seu Instagram, que antes do vídeo tinha 26 mil seguidores, era focado em dar suporte para pessoas que se encontravam em situações parecidas com a dela. Depois do viral, seu perfil contava com quase 400 mil seguidores.

É disso que temos que falar. Mais uma vez, a empatia pelas deve ser o fator principal para interagirmos nas redes sociais, pois qualquer comentário ou crítica sem embasamento sobre quem não conhecemos pode causar uma tragédia.


E as redes olham pra esse tipo de coisa e não fazem nada?

Será que esconder o número de likes é o suficiente?

O Instagram sempre foi como uma pista de corrida, por likes.

Recentemente, a rede contou com a atualização de tirar o número de likes das publicações. Essa foi a forma que a rede encontrou de pelo menos aliviar a sensação de inferioridade, para que ela não tome conta dos usuários, pois havia chegado a um nível tão crítico, que surgiram até formas de comprar likes e seguidores para turbinar seu perfil.

Mas as fotos perfeitas e manipuladas com Photoshop seguem bombando, os números explosivos de seguidores ainda estão lá. Ainda mais, continuamos tendo acesso ao número de likes que nossas publicações alcançam. Então será que apenas esconder os meus likes das outras pessoas vai realmente me fazer bem?

Vamos concordar que não há muito a se fazer para controlar o comportamento dos usuários, mas as redes estão se posicionando como podem para dar auxílio a quem precisa. O Facebook já trabalha com a prevenção ao suicídio junto com especialistas há muitos anos, com o foco no desenvolvimento de tecnologias e criação de campanhas de conscientização sobre saúde mental.

Com a aquisição do Instagram, a empresa também está estudando formas de promover a saúde mental, criando comunidades de apoio dentro da rede.

Quer um exemplo? Vá até o Instagram e pesquise pelas hashtags  #ansiedade ou #depressao. Automaticamente você será direcionado para uma tela oferecendo suporte e encaminhamento direto para o CVV.

Redes Sociais: As vilãs da Saúde Mental?

E o auxílio não fica só dentro dos aplicativos, esse ano Facebook e o Instagram promoveram o evento Festival Amarelo, sobre saúde mental em parceria com o CVV para cerca de 200 alunos da rede de ensino pública.
Alguns influencers foram convidados para conversar sobre como é importante promover empatia e acolhimento. O evento também contou com palestras, painéis educativos, oficinas de dança, grafite, poesia e produção de histórias em quadrinhos, tudo isso com o objetivo de demonstrar como a arte é uma ótima forma de expressar o que sentimos.

E no fim das contas, depois de tudo isso, ainda podemos falar que as redes sociais são as grandes vilãs da saúde mental?

Redes Sociais: As vilãs da Saúde Mental?

Sim e não, sabemos que elas podem agravar nossas condições mentais caso as usemos de forma descontrolada, mas não são elas que causam os transtornos.

Assim como sabemos que não devemos comer muito alguma comida para que ela não nos faça mal, cabe a nós encontrar um equilíbrio saudável também para o uso da internet.

Dê atenção para quem você ama, saia mais com os amigos para se divertir, leia um livro para se distrair, peça ajuda para um profissional  e preste atenção naquele seu amigo que parece precisar desse mesmo tipo de ajuda, "dê um toque" a ele sobre o que pode estar acontecendo. A empatia é o que irá nos salvar.

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<![CDATA[Como a mídia pode afetar nossa Saúde Mental?]]>http://homolog.meseems.com.br/blog/como-a-midia-pode-afetar-nossa-saude-mental/5d79518fe4e230199806e2edThu, 12 Sep 2019 01:00:00 GMT

A mídia é simplesmente tudo o que vemos na televisão, jornais, revistas e internet. É através dela que temos acesso a toda a informação possível para escolhermos o que  pensar sobre um assunto, o que iremos comer, assistir, vestir e comprar.

Mas não para por aí, vamos ver o exemplo da televisão. Sabemos que ela é um meio que além de transmitir informações do nosso cotidiano, também reproduz os comportamentos padrões de uma sociedade e, ao longo das décadas, ela foi uma das maiores responsáveis por nos ensinar e nos formar como pessoas, pois os seres humanos aprendem e reproduzem comportamentos a que são expostos.

Até aí tudo bem, nenhuma novidade, mas será que essa reprodução de comportamentos de fato condiz com a nossa realidade? E se não condiz, o que isso causa?

Como a mídia pode afetar nossa Saúde Mental?

Too much information...

Antes de tudo, vamos aos fatos: segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o país mais ansioso do mundo, cerca de 19 milhões de pessoas convivem com o transtorno de ansiedade, o que já é classificado como uma epidemia. Já quando o assunto é depressão, cerca de 12 milhões de pessoas foram diagnosticadas, fazendo com que o Brasil seja o país mais depressivo da América Latina.

Nesse cenário, muitos especialistas associam esses índices super altos à crise econômica e ao excesso de uso das redes sociais, mesmo a televisão ainda sendo o meio de comunicação mais utilizado pela população.

Resumo da história, independente do meio utilizado, continuamos sendo expostos a um excesso de materiais que nos ditam como é um modelo de vida bem sucedido, mas como o nosso cenário sócio-econômico não está um mar de rosas, isso se torna muito mais complicado de ser alcançado e acabamos frustrados. Essa é a brecha que nossa saúde mental e autoestima precisavam para ir caindo cada vez mais.

Inclusive, discutimos no MeSeems a relação que o desemprego tem com a Saúde Mental, clica aqui pra ver o post e dar a sua opinião!

A eterna mania de se comparar  

A autoestima basicamente consiste numa avaliação subjetiva que fazemos de nós mesmos. Quando enxergamos valor em nossas habilidades pessoais, aparência física, relacionamentos, vida financeira, quer dizer que nossa autoestima está em dia. O problema só começa a aparecer quando comparamos essa avaliação que fazemos de nós mesmos com a de outra pessoa, que normalmente fazemos sem muito embasamento.

Os exemplos mais comuns nos dias de hoje vão desde o corpo das Kardashians e pessoas ostentando o último modelo do iPhone até àqueles filmes americanos em que o protagonista sempre ganha bolsa de estudos para Harvard, e MUITOS outros casos que a mídia nos trás, nos fazem pensar que devemos conquistar essas coisas para nos sentirmos completos de alguma forma.

Tentamos suprir essa necessidade de aumentar nossa autoestima fazendo dívidas enormes para comprar coisas que nem precisamos, entrando em dietas radicais que podem ser extremamente prejudiciais para a nossa saúde, estamos sempre cansados, endividados e insatisfeitos, e essa sensação não vai embora por mais que nos esforcemos.

Somando tudo isso, conseguimos entender bem melhor de onde veio aquelas taxas tão altas de transtorno de ansiedade e depressão que eu falei ali em cima, né?

A própria mídia deve destruir o que criou

Parece dramático, mas é a verdade, precisamos ser ensinados a nos amarmos como somos e a nos orgulhar de nossos esforços pela própria mídia.


Felizmente algumas empresas estão começando a prestar atenção no que está acontecendo com a nossa sociedade e tomando iniciativas responsáveis em prol da saúde mental de seus consumidores.

Um bom exemplo é o da Dove, que já fez diversos comerciais sobre empoderamento feminino com mulheres de todos os biotipos possíveis, criou o projeto Dove pela Autoestima, encabeçado pela visão de construir um mundo no qual a beleza é fonte de confiança e não de preocupação. O objetivo do projeto é ajudar famílias a ensinar as meninas das próximas gerações sobre amor próprio e autoestima.

Quer mais? A Dove também entende que a autoestima e a saúde mental devem ser assuntos tratados desde a infância, então, a marca fez essa parceria com o Cartoon Network e o desenho Steven Universo, que é a coisa mais fofa.

Mas não são só as mulheres e a crianças que estão sendo inclusos nessa conversa.

Por terem sido ensinados a reprimir sentimentos por conta de frases como “homem não chora” e a serem incentivados a comportamentos violentos como forma de demonstrar masculinidade, os homens também estão sendo incentivados a demonstrarem seus sentimentos reais.

A campanha “The Best a Man Can Get” da Gillette foi extremamente debatida no mundo inteiro. A marca criticou uma série de problemas que observa-se no comportamento dos homens ao lidar com mulheres e entre si, e ainda trouxe o questionamento se esse é o melhor que conseguiam ser como pessoas. A campanha foi recebida com críticas pesadíssimas, ameaças de boicote e 85% de dislikes dentre o número total de interações com o vídeo.

No entanto, houve quem se sentisse acolhido e parabenizou a marca por incentivar que seus consumidores tivessem comportamentos mais positivos para servir de exemplo para as próximas gerações, tornando a sociedade melhor.

Como a mídia pode afetar nossa Saúde Mental?
Gillette sendo elogiada por ter usado sua influência para tratar de um tema importante.

Esses novos posicionamentos na publicidade estão representando as pessoas como são e levantando discussões sobre como podemos ter comportamentos menos tóxicos para nós e para quem nos cerca, ajudando a criar uma nova geração que se ama, aceita o que sente e tem empatia pelo outro.

Falar sobre Saúde Mental ainda é um tabu

Quem nunca ouviu alguém dizendo “eu não preciso ir ao psicólogo porque não sou louco”?

Por sempre sermos condicionados a transmitir uma imagem de invulnerabilidade e de que estamos sempre 100% alto astral, demonstrar que precisamos de qualquer tipo de ajuda psicológica, é visto com um certo julgamento.

A mídia não costumava retratar personagens com transtornos psicológicos de uma forma muito positiva, esses personagens costumam ser vistos como incapazes e dependentes, pessoas que chegam aos extremos da automutilação ou tentativas de suicídio são alvos de críticas como “só fez isso para chamar atenção” e por aí vai.

Foi o caso da protagonista da série 13 Reasons Why, em que a personagem passa por diversos problemas em meio aos colegas de escola até chegar ao seu limite, o suicídio.

No decorrer da trama, a própria Hannah explica em detalhes o que a fez tirar a própria vida, e nos explica como sua morte afetou as pessoas ao seu redor.

A série foi bastante criticada por apresentar cenas extremamente fortes, que poderiam ser gatilhos emocionais para pessoas que poderiam ter passado por situações semelhantes às de Hannah e principalmente por não ter dado a entender que a personagem tinha uma opção alternativa ao suicídio para solucionar seus problemas.

Como a mídia pode afetar nossa Saúde Mental?

Mesmo assim, houve quem se sentiu estimulado a procurar ajuda.

Segundo o CVV, desde a estreia do série, os pedidos de ajuda ou de conversa enviados por e-mail aumentaram em mais de 100%, com mensagens mencionando 13 Reasons Why.
Assim como no caso da autoestima, também é papel da mídia desmistificar o que se pensa comumente sobre transtornos mentais e informar como devemos dar apoio a essas pessoas.


Outro ótimo exemplo de como a mídia pode nos informar e ensinar como lidar com adversidades, é a série de comédia “Atypical” que retrata a vida de um adolescente autista que só quer arrumar uma namorada.

Como a mídia pode afetar nossa Saúde Mental?

Mesmo o autismo sendo um transtorno de desenvolvimento, e não mental, a série nos ajuda a compreender melhor a realidade de outras pessoas e como lidar com elas.

No geral, a série parece não ser muito didática sobre como devemos agir com pessoas que se encaixam no espectro autista, mas mostra bastante o que cerca o dia-a-dia dessas pessoas e de quem está próximo a eles. Os momentos em que Sam demonstra as características de seu transtorno - como a sinceridade sem freio, incômodo com barulhos muito altos, organização excessiva e a interpretação literal de gírias e piadas - fazem com que o espectador se divirta e crie empatia pelo personagem.

Um programa de TV, série ou filme pode reforçar um estereótipo a respeito de algum transtorno, mas, quando é produzido com responsabilidade, pode ser encorajador para que a pessoa procure apoio da família, amigos e profissionais qualificados.


No fim das contas, tudo se trata de suporte e empatia

Infelizmente ainda não tratamos do assunto da forma correta, mas estamos evoluindo aos poucos a cada dia.

Como a mídia pode afetar nossa Saúde Mental?

Ainda é necessário avançarmos muito no processo de informação, a mídia precisa nos incentivar a falar mais sobre como a saúde mental é importante, como dar suporte para aquele amigo que não consegue sair de casa, a prestar atenção nos sinais que ele  passa, assim como também saber identificar esses sinais em nós mesmos.


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<![CDATA[Para começo de conversa, o que é Saúde Mental?]]>http://homolog.meseems.com.br/blog/para-comeco-de-conversa-o-que-e-saude-mental/5d781c857664351104894b57Tue, 10 Sep 2019 21:58:35 GMT

O termo vem aparecendo cada vez mais e mais no nosso dia a dia. Embora muitas vezes associado à distúrbios mentais, saúde mental é um conceito que engloba muito mais que isso. Segundo a OMS, a saúde mental é parte da saúde no geral, que só existe quando há “completo bem-estar físico, mental e social”. A saúde mental é a capacidade de uma pessoa de realizar suas próprias atividades, conseguir lidar com complicações da vida, ser produtivo em seu trabalho e conseguir contribuir para sua comunidade.

Diferente do que muitas vezes se pensa, saúde mental não é o oposto de transtorno mental ou sua ausência. É claro que um desequilíbrio em algum dos aspectos de sua saúde mental, pode acabar contribuindo para o desenvolvimento de um transtorno mental, caso aconteça frequentemente e não receba tratamento e cuidados adequados.

Neste vídeo bastante didático, temos a explicação do que é saúde mental, como ela nos afeta e por que precisamos falar sobre ela.

Mas como já tocamos no assunto...

E se falando de saúde mental, não dá para deixar de falar de transtornos mentais que acabam afetando-a. Eles podem causar mudanças significativas nas emoções, percepções, comportamentos, pensamentos e até no convívio e relações com outras pessoas desse indivíduo que é afetado por algum transtorno.

E quem têm alguma dificuldade em administrar os próprios pensamentos, emoções, comportamento e até o contato com o outro, pode ser mais predisposto a desenvolver um transtorno mental. Mas não é somente isso. Além de fatores mais biológicos como a genética, nutrição e infecções perinatais; o ambiente social, econômico, político, cultural e ambiental também pode contribuir para o desenvolvimento desse tipo de transtorno.

Ok, mas quais transtornos são esses? Fizemos uma lista explicando os mais comuns e o que cada um deles causa em seus portadores. Olha só:

-Depressão: No Brasil, estima-se que 5,8% da população sofre com esse transtorno, sendo a maior taxa dentre o países das Américas. E quando analisamos por gênero, temos que mais mulheres são afetadas do que homens.

As principais características da depressão são a tristeza, sentimentos de culpa, baixo autoestima, perda de prazer ou interesse, alterações no sono e apetite, cansaço e falta de concentração. A depressão pode ser duradoura ou se manifestar recorrentemente, afetando a disposição e capacidade da pessoa de realizar atividades em seu trabalho, escola, universidade, ou até mesmo lidar com seu dia-a-dia. Em casos mais graves, principalmente se não tratada adequadamente, ela pode levar ao suicídio.

Para começo de conversa, o que é Saúde Mental?

-Ansiedade: Muitos se confundem com o termo e se auto diagnosticam “ansiosos”, baseados em fatos isolados, como se sentir ansioso para começar num novo emprego, para viajar de avião pela primeira vez ou até para tomar coragem e se declarar para um crush. Claro que em todos esses casos você possa estar com ansiedade pelo que vai acontecer, ter o coração acelerado, sentir as pernas bambearem, começar a suar, embrulhar o estômago, além de ficar pensando em tudo que vai acontecer, principalmente de forma negativa. Já o transtorno de ansiedade é basicamente sentir tudo isso, só que todo dia.

Realizar atividades corriqueiras deixa de ser algo natural, sair de casa, entregar um projeto em dia, ver pessoas na rua, ir à eventos sociais… Tudo se torna mais difícil de encarar e os sintomas de ansiedade se intensificam. E já dá para imaginar o quanto isso afeta a qualidade de vida de uma pessoa, né? Só no Brasil, 9,3% da população é afetada por esse transtorno, o maior índice mundial.

-Transtorno bipolar: Como o nome já indica, esse tipo de distúrbio é marcado pela alternância de humores da pessoa afetada, que pode apresentar subitamente um episódio de depressão (tendo os mesmos sintomas e comportamentos que explicamos acima) e também episódios de mania/euforia ou hipomania, que envolvem um excesso de atividade, humor elevado ou até irritado, maior comunicatividade, autoestima e autoconfiança infladas e menor necessidade de sono. Transtorno que afeta quase 10 milhões de brasileiros, não tem cura, mas tem tratamento.

Para começo de conversa, o que é Saúde Mental?

-Esquizofrenia: É um tipo de psicose marcado por distorções no pensamento, emoções, percepções, comportamento, linguagem e consciência de si mesmo. Algumas experiências psicóticas comuns são as alucinações, onde a pessoa vê, ouve ou até sente coisas que não são reais, e os delírios, onde a pessoa crê fortemente em algo mesmo quando é comprovado que aquilo não é verdade. Este tipo de transtorno pode dificultar com que a pessoa consiga trabalhar ou estudar normalmente, mas com tratamentos adequados e um processo de ressocialização, ela pode voltar a ter uma vida produtiva e ser inserida no mercado de trabalho.

-Demência: Ao contrário do que muitos acreditam, não é a mesma coisa que loucura. Ela é uma síndrome resultante da deterioração da capacidade intelectual de uma pessoa. Alguns sintomas comuns são a perda da capacidade de memorizar, de aprender, de se comunicar, de fazer julgamentos e de resolver problemas rotineiros. E tudo isso acaba interferindo em relacionamentos, atividades profissionais e sociais.

Também é comum que se confunda a demência com o mal de Alzheimer. Neste vídeo, Drauzio Varella explica didaticamente a diferença entre os dois para que não haja confusão:

Demência e Alzheimer são a mesma coisa? Neste vídeo rápido e descomplicado, Drauzio Varella esclarece a diferença entre os dois.

De onde vem, para onde vai, que gosto tem?

E por que estamos falando disso agora? Podemos apontar várias possíveis causas para isso. Uma delas, a popularização e maior conhecimento de doenças como depressão, ansiedade e transtorno bipolar. Os quais no passado muitas vezes eram tratados como “frescura”, agora vêm ganhando maior seriedade e procura por seus tratamentos.

Outra hipótese é a do crescimento da influência das redes sociais, que contribuíram para que diferentes pessoas pudessem compartilhar quem são, pelo o que passam, como são suas rotinas. Sim, com o advento das redes sociais, ficou muito mais fácil desabafar de uma forma intimista, mas nem tanto. Muitos se sentem mais à vontade para falar como se sentem, seja por detrás da anonimidade, ou mesmo mostrando sua real identidade, mas sempre com o fator da distância do interlocutor. E foi através das redes sociais que o youtuber Whindersson Nunes revelou sofrer com depressão. Mas falando em redes sociais, nos perguntamos: Seriam elas vilãs ou heroínas da saúde mental? Esse assunto fica para outro post.

Para começo de conversa, o que é Saúde Mental?

Mais uma possível causa é a atenção que a mídia também vem dando à questão. O auge disso foi em 2017, quando a Netflix lançou a série 13 Reasons Why, abordando a questão do bullying e suicídio adolescente. A série levantou questionamentos sobre a responsabilidade social da empresa de streaming quanto à forma que mostrou o suicídio tão abertamente, sem uma recomendação de um contato especializado antes de cada episódio.

Pensando em outras produções recentes que abordam tais transtornos e foram menos polêmicas, temos O lado bom da vida, Cisne Negro, BoJack Horseman, Bates Motel, Jessica Jones, Atypical, Sense8, Please like me, The sinner, entre tantas outras, que vamos abordar melhor em outro post. Ou seja, hoje em dia não falta conteúdo que aborde algum tipo de transtorno mental, seja de uma forma leve e positiva, como também de uma maneira mais realista e pesada. Ainda que o tabu em torno dessas doenças e transtornos ainda exista firme e forte, já estamos falando mais sobre eles, o que já é um passo importante para que o preconceito em relação à eles diminua.

Transtornos mentais, direto do túnel do tempo

Se dizemos que ainda há muito tabu e preconceito em torno desse tipo de transtorno, no passado houve muito mais. Além de um entendimento errado desse tipo de problema, existiam tratamentos muito mais agressivos e ineficazes. Um exemplo disso? É só pensar na ideia que você tem de um manicômio. Parece um lugar feliz em que as pessoas serão bem tratadas e receberão tratamentos não invasivos? Bom, para quem já assistiu o filme brasileiro Bicho de Sete cabeças, o clássico Um estranho no ninho, ou até mesmo a série American Horror Story: Asylum, com certeza essa não é a imagem que se forma em sua cabeça.

Para começo de conversa, o que é Saúde Mental?
Neto, internado à força em um manicômio, em Bicho de Sete Cabeças.

Um exemplo real disso? A Colônia de Barbacena, um dos hospitais psiquiátricos mais famosos do Brasil (por motivos bem infames). Estima-se que 30% dos internados neste hospital eram diagnosticados com doença mental. Ou seja, 70% dos demais internados que estavam lá eram pessoas consideradas “indesejadas”: mães solteiras, homossexuais, alcoólatras, negros, mendigos, índios, militantes políticos e etc. Não é por acaso que o lugar é muitas vezes comparado aos campos de concentração nazistas.

Além disso, os métodos de tratamento geralmente incluíam torturas físicas e psicológicas, entre elas o tratamento de choque e a ducha escocesa (equipamento que dispara jatos fortes de água). Sem contar a péssima infraestrutura, uma vez que o local comportava até 200 pessoas e chegou a ter 5 mil. E nisso já dá pra imaginar que não haviam leitos para todos se abrigarem, nem condições básicas de higiene, alimentação e segurança. Em meio à estas condições extremamente precárias, estima-se que 60 mil pessoas morreram dentro da Colônia de Barbacena.

Uma memória triste e chocante da desinformação e descaso com o tratamento de doenças mentais. Infelizmente, a Colônia de Barbacena não foi a única instituição que coleciona esse histórico de barbaridades.

Mas em 1978 esse cenário mudou com o movimento da reforma psiquiátrica, encabeçada pelo italiano Franco Basaglia que visava a aceitação dos doentes mentais pela sociedade ao invés da internação em manicômios. Apesar de, em teoria parecer uma solução mais humana e libertadora, não foi bem assim que funcionou. Muitos hospitais acabaram fechando, diminuiu-se os investimentos na prevenção de tais doenças e o acolhimento da sociedade, bem, não aconteceu como se esperava. Sem contar que muitas das famílias dos portadores desses transtornos não têm condições ou aconselhamento correto para reproduzir os cuidados dos profissionais de saúde em suas casas. Ou seja, o caos continua.

De volta para o presente. O cenário de tratamento de doenças mentais melhorou. Né?

Para se ter uma ideia do problema, existiam no Brasil 120 mil leitos psiquiátricos, com uma população de 80 milhões. Hoje, somos 202 milhões e existem apenas 36 mil leitos. Me parece que tem algo errado nessa conta, não?

Para começo de conversa, o que é Saúde Mental?

Acabar com os manicômios pareceu uma ideia boa e apropriada, mas ela não resolveu o problema. A falta de instituições psiquiátricas dificultam o tratamento destas pessoas que mais uma vez acabam sendo praticamente abandonadas. E aí fica a questão: Que medidas adotar para melhorar esse cenário? Isso rende uma boa discussão dentro do MeSeems, sem dúvidas.

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<![CDATA[Eu nasci assim: Blog do MeSeems]]>http://homolog.meseems.com.br/blog/eu-nasci-assim/5d77e9b07664351104894b03Tue, 10 Sep 2019 20:33:00 GMT

Tal qual a música de Dorival Caymmi, o blog do MeSeems nasceu assim, está crescendo assim, é mesmo assim, mas não quer dizer que seremos sempre assim. Vivemos em um mundo que está constantemente mudando, em um dia o artista mais ouvido nos streamings é do pop, e no outro já é do sertanejo. Basta uma declaração inapropriada, e um dos maiores influencers pode ver seu perfil reduzido a menos da metade dos seguidores em questão de minutos. Tudo é rápido, nada é constante. Realmente estamos vivendo na era da modernidade líquida que Bauman tanto falava (alô professor de sociologia, tá orgulhoso?).

Tudo muda, os gostos, as conversas, a moda, as pessoas, as opiniões. E o MeSeems também. Agora, além de aplicativo, somos blog. Um blog feito de temas que fizeram e fazem os nossos participantes terem muito sobre o que falar, opinar e dar ideias. Um blog para aprofundar os temas das conversas que já existem no MeSeems, para informar, para refletir e, claro, para descontrair também.

Ok. Mas o que é o MeSeems? E por que existe?

Grande parte do tempo estamos em contato com conteúdos duvidosos e interações tóxicas. E isso acaba criando barreiras para entendermos o mundo e sermos nós mesmos.

Por isso, no MeSeems, te convidamos a fazer parte de uma rede social nova através de um ambiente saudável e seguro, que oferece experiências relevantes e sem julgamento para cada usuário.

Existimos para fazer com que você ganhe voz, seja ouvido e para que as suas opiniões tenham impacto real, no mundo e no seu dia-a-dia

Opinião pra quê?

As opiniões de cada um dos nossos usuários são aquilo que nos mantém vivos. Mais do que nossa energia, são nosso coração.

Não importa o assunto. Vale também uma pergunta, uma ideia ou até mesmo o compartilhamento de uma experiência vivida. Para nós, opiniões não devem ter filtro. A única regra é respeitar a opinião dos demais e manter o ambiente sempre respeitoso para que pessoas dos mais diversos perfis possam ouvir e serem ouvidas.

Estudante. Aposentado. De esquerda. De direita. Gaúcho. Pernambucano. Mãe. Casado. Solteiro. Cabe todo mundo nesse espaço. Queremos que o MeSeems transmita essa sensação de exclusividade e inclusão ao mesmo tempo, dando liberdade aos usuários para que possam interagir quando e como quiserem (sem esquecer o respeito, claro).

Somos inclusivos. Isso significa que não temos chats privados ou grupos fechados. Acreditamos que, com isso, a discussão sempre será mais diversa, democrática, empolgante e interessante para todos.

Opiniões valem muito pra nós

O MeSeems é, portanto, uma rede social onde você se sente bem em dar sua opinião, pois sabe que nunca será ofendido por isso. Não existe certo ou errado: existe a sua opinião. E aqui ela vale muito porque nos permite extrair informações riquíssimas sobre como as pessoas se comportam hoje e o que será tendência nos próximos anos.

E aí? Vai ficar de fora?

MeSeems. Opinião que conta.

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